quarta-feira, 30 de abril de 2008

BAÚ DE MEMÓRIAS

Como de costume às Quartas-feiras, a minha busca pelo baú de memórias levou-me hoje à evocação de mais um feito histórico na vida do FC Porto.

Desta vez no hóquei em patins, modalidade pioneira no clube em termos de grandes vitórias internacionais.

A EUROPA MAIS UMA VEZ RENDIDA

O hóquei portista voltou a ter a Europa a seus pés com o triunfo da segunda Taça dos Campeões Europeus, na época de 1989/1990.

Na foto, em baixo da esq. p/a dta.: Rui Félix, Franklim, Paulo Freitas e VÍtor Hugo. Em cima: Alves, Realista, Vítor Bruno, Diego, Nuno Leal e Tó Neves

Na base do êxito esteve todo o trabalho desenvolvido por um grupo coeso e organizado, de que fizeram parte não só os jogadores e equipa técnica, comandada por José Fernandes, mas também um grupo de personalidades dedicadas, com especial destaque para o chefe de secção João Baldaia, para o dirigente Ilídio Pinto e para o presidente Pinto da Costa, obreiros de uma hegemonia conquistada a nível nacional que vinha do princípio da década.

Depois de ultrapassar obstáculos de nomeada, como o Monza de Itália e o Igualada de Espanha, o FC Porto qualificou-se para a final, em duas mãos, contra o Nóia de Espanha.

Os Dragões rubricaram duas exibições de luxo que chagaram mesmo a cativar o público espanhol, rendido à superior classe dos hóquistas portistas , com as vitórias por 6-0 nas Antas e 5-2 em Barcelona.

A TV portuguesa alheou-se do acontecimento não transmitindo esta final que foi seguida em alguns locais pala TV Galiza, nomeadamente no Porto.

VÍTOR HUGO

Começou nas escolas da Académica de Espinho, de onde é natural, mas cedo ingressou no FC Porto onde integrou grandes equipas que marcaram a época dourada no hóquei do clube, estando nas duas conquistas da Taça dos Campeões Europeus.

Jogador dotado de técnica exemplar, patinava como poucos e tornou-se um dos mais geniais jogadores do mundo da modalidade, na linha de Livramento e Cristiano.

Ganhou todos os títulos que havia para ganhar, desde os regionais, aos nacionais, europeus e mundiais. Possui um palmarés impressionante.

Depois de pendurar os patins tornou-se treinador conseguindo juntar mais alguns títulos à sua colecção.


Abandonou o hóquei em patins aos 29 anos para se dedicar à profissão de médico dentista.

Vítor Hugo é sem dúvida alguma um nome incontornável da história do FC Porto.

2 comentários:

dragao vila pouca disse...

É pena que ao dominio caseiro não tenha havido correspondência a nível internacional.Essa vitória já foi há tanto tempo.
Era uma grande equipa sem dúvida.
Um abraço

Paulo Pereira disse...

É um belo baú de memórias, esse o teu!

Grande equipa, enchendo de orgulho o clube, permitindo saborear a conquista do título europeu, sobre rodas...

Pena que, desde aí, alguma malapata tenha vindo sucessivamente a adiar o sonho de erguer a 3ª taça da história...

Mas ela há-de vir!