terça-feira, 30 de setembro de 2008

NAUFRÁGIO COLECTIVO!


FICHA DO JOGO

(Clicar no quadro para ampliar)

Foi um FC Porto irreconhecível aquele que se exibiu no Emirates Stadium. Completamente dominado, vulgarizado até, o campeão nacional deu uma imagem desoladora e nada condizente com o prestígio do Clube.

As fanfarronices de Jesualdo Ferreira nunca me convenceram e a disposição da equipa foi afinal a que tem caracterizado o professor quando tem de defrontar equipas de top. Medroso quanto baste organizou-a com grandes preocupações defensivas, não dando espaço às tarefas ofensivas.

Na primeira parte ainda dispôs de duas boas ocasiões para marcar, curiosamente nas duas únicas jogadas com princípio meio e fim, que a acontecer seria um prémio completamente desajustado face ao banho de bola com que o Arsenal brindou os Dragões.

Acumulando erros em catadupa o FC Porto mostrou-se incompetente na tarefa que o treinador impôs à equipa: defender, defender, defender.

A segunda parte ainda foi mais trágica! Desorientação absoluta. Não fora a ineficácia dos "gunners" e o resultado teria tomado proporções escandalosas.

Enfim, com atitude como a de hoje nenhum daqueles jogadores e equipa técnica merece a camisola que enverga. UMA VERGONHA!

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

GOOD LUCK FC PORTO!

O FC Porto está já na terra de Sua Majestade para defrontar o Arsenal de Londres, no jogo da 2ª jornada da Champions League que será disputado amanhã pelas 19:45h, no Emirates Stadium.


As anteriores deslocações à England não são de molde a encarar este desafio com optimismo, bem pelo contrário pois a história regista nove derrotas e um empate.

Gostaria naturalmente que o meu Clube se apresentasse forte, personalizado e capaz de inverter esta tendência, porém as últimas exibições deixam adivinhar as dificuldades que muito provavelmente o FC Porto não vai, mais uma vez para desespero dos seus adeptos, conseguir ultrapassar, a menos que, de forma inteligente se apresente com atitude ganhadora e consiga tirar partido do momento menos bom que os "guners" atravessam.

A coragem e a convicção não são os melhores atributos de Jesualdo Ferreira que em momentos similares decidiu inventar e deitar tudo a perder. Também agora o meu pressentimento é que, à última hora, o Professor invente mais uma das suas...

Helton, Nuno, Sapunaru, Rolando, Bruno Alves, Benitez, Pedro Emanuel, Stepanov, Lino, Fernando, Raúl Meireles, Lucho Gonzalez, Tomás Costa, Guarín, Mariano Gonzalez, Lisandro Lopez, Cristian Rodríguez, Hulk e Candeias, foram os eleitos para esta jornada.

Pela lógica a equipa titular deverá ser a mesma que venceu o Fenerbahçe na primeira jornada, mas... nunca se sabe!

EQUIPA PROVÁVEL


O árbitro da partida será o alemão Herbert Fander e terá transmissão televisiva na RTP 1

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

NO TRILHO DA VITÓRIA... COM PASSO INCERTO


FICHA DO JOGO

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O jogo de hoje voltou a pôr a nu as fragilidades com que o FC Porto se depara esta época. Durante cerca de vinte minutos os Dragões conseguiram explanar um futebol de bom quilate, com todas as peças a movimentar-se a preceito, que lhes permitiu o domínio da partida e a obtenção de um golo bem arquitectado, da autoria de Raúl Meireles, um dos poucos que manteve a regularidade da sua exibição durante todo o tempo cotando-se o melhor em campo.

Vinte e cinco minutos de afrouxamento, de passes transviados, de desconcentrações, de ineficácia e desperdícios de oportunidades foi o que se seguiu até ao intervalo. Farías ausente mais uma vez do jogo, Lisandro infeliz no remate e Sapunaru incerto foram provavelmente alguns dos responsáveis desse período esquisito da equipa.

O segundo tempo não trouxe grandes diferenças. O Paços de Ferreira apareceu mais atrevido, a trocar bem a bola e a causar alguma instabilidade na defesa azul e branca. Ao contrário o Porto continuava a apostar na mediocridade, como que um convite aos "assobiadores juramentados" que não se fizeram rogados, e aí vai disto!

Mais uma vez Jesualdo demorou a mexer na equipa. Tirou os dois piores jogadores, Farías e Sapunaru lançando no jogo Candeias e Guarín que por sinal também não foram muito felizes. Só com a entrada de Hulk aos 70' é que os azuis e brancos voltaram a ser mais incisivos. Três minutos depois o brasileiro bem servido por Raúl Meireles só teve de empurrar para as redes lançando a tranquilidade nos adeptos. Este segundo golo teria ainda o condão de deitar por terra a reacção dos pacences que até final se viram de novo dominados, ainda que sem a qualidade dos vinte minutos iniciais.

Raúl Meireles foi o homem da noite. Marcou e ofereceu o segundo golo. Esteve sempre bem. Fernando fez também um belo jogo, demonstrando que com mais alguma rotina se transformará no trinco que a equipa necessita. Rodriguez alternou bons momentos com outros de menor qualidade e Lino esteve expedito no ataque.

O resultado não merece contestação apesar de ser bem melhor que a exibição.


quinta-feira, 25 de setembro de 2008

PASSOS IMPORTANTES CONTRA O PAÇOS

Lucho Gonzalez e Fucile são duas ausências de vulto na convocatória de Jesualdo Ferreira para o jogo da 4ª jornada da Liga Sagres, contra o Paços de Ferreira, exclusões aparentemente relacionadas com a gestão do plantel com vista à deslocação a Londres para defrontar o Arsenal, na segunda jornada do Grupo G da Liga dos Campeões.

Se a ausência de Fucile é relativamente pacífica já a de Lucho Gonzalez parece ser de risco, uma vez que o argentino é o cerebro da manobra ofensiva do FC Porto.

O jogo contra o Paços de Ferreira não se afigura tarefa fácil, não só pelo valor do adversário como tambem pela irregularidade e intranquilidade que os Dragões têm vindo a patentear nos últimos jogos.

Aparentemente o plantel dispõe de soluções para suprir a falta de jogadores influentes mas face ao clima actual não me parece prudente abdicar do "motor" da equipa.

Entretanto o Professor chamou os seguintes jogadores: Helton, Nuno, Sapunaru, Rolando, Bruno Alves, Pedro Emanuel, Lino, Benítez, Fernando, Raúl Meireles, Tomás Costa, Guarín, Mariano Gonzalez, Lisandro Lopez, Cristian Rodriguez, Candeias, Hulk e Farías.

A minha equipa seria: Nuno; Sapunaru, Rolando, Bruno Alves e Lino; Fernando, Raúl Meireles e Tomás Costa; Candeias, Lisandro Lopez e Cristian Rodriguez.

Tendo em conta que o treinador é Jesualdo a formação não deverá andar longe da que indico no quadro:

EQUIPA PROVÁVEL

Espero que os adeptos portistas que se vão deslocar ao Dragão o façam com o intuito de apoiar a equipa mas estou certo que se as coisas não correrem pelo melhor os "assobiadores juramentados" não deixarão ficar os seus créditos por lábios alheios.

Jogo marcado para o Estádio do Dragão às 21:15 h de amanhã, Sexta-feira, dia 26.
Árbitro: Hugo Miguel - A.F. Lisboa
Transmissão: RTP 1

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

BAÚ DE MEMÓRIAS

Com os títulos conquistados, Co Adriaanse dissera à entrada da pré-época que tais conquistas o fizera sentir-se um «treinador de top» e que com ele o FC Porto iria espantar a Europa na Liga dos Campeões! Prescindiu dos serviços de Diego, César Peixoto e Hugo Almeida e avalizou a venda de Benni MacCarthy, para "forçar" a sua aquisição fetiche, o holandês Vennegor of Hesselink, um avançado que actuava no PSV e em que Adriaanse depositava uma confiança ilimitada. O clube holandês exigia oito milhões de euros que a Sad portista considerou um disparate.

Gerou-se à volta desta hipotética aquisição uma telenovela diária de avanços e recuos que terminou com a recusa dos responsáveis portistas em abrir os cordões à bolsa, o aborto da transferência e o amuo do treinador.

Entretanto os Dragões perderam o Torneio de Amesterdão, com o resultado desfavorável de 3-1 frente ao Manchester United e Co Adriaanse surpreendeu ao afirmar que afinal tinha «jogadores com talento limitado. Não há dinheiro para um avançado? Então continuaremos a fazer exibições divertidas mas a perder esses jogos».

Naturalmente que estas palavras rapidamente criaram um ambiente escaldante no seio do plantel que conheceu dias de grande instabilidade. O mau feitio do holandês veio ao de cima e o caldo entornou-se... num jantar! O resultado foi o pedido de demissão apresentado pelo treinador holandês, a 9 de Agosto, seguida de deserção imediata, deixando a equipa entregue a Rui Barros, com o compromisso muito próximo da disputa da Supertaça Cândido de Oliveira e o arranque do campeonato nacional.

2006/2007 O 7º BICAMPEONATO

Pinto da Costa não perdeu tempo e contratou Jesualdo Ferreira, que se encontrava a treinar o Boavista, contra a indemnização aos axadrezados de um milhão de euros. O plantel não sofreu grandes alterações e depois das saídas já referidas foi reforçado com Ezequias (ex-Académica), Diogo Valente (ex-Boavista), João Paulo (ex-União de Leiria) e o regresso de Hélder Postiga.

O FC Porto, ainda comandado por Rui Barros iniciou a época oficial em 19 de Agosto, em Leiria com a disputa da Supertaça Când
ido de Oliveira, frente ao Setúbal.

Na imagem da esquerda para a direita, em cima: Helton, Marek Cech, Bosingwa, Pepe e Adriano; Em baixo: Quaresma, Raúl Meireles, Alan, Anderson, Ibson e Paulo Assunção.

Começou com um triunfo claro e inequívoco. Os Dragões exibiram-se em bom nível. Curiosamente ou talvez não, manteve o sistema de jogo do holandês que estava já mecanizado rendendo-lhe uma saborosa vitória por 3-0. Adriano, Anderson e Vieirinha foram os marcadores dos golos.

Apesar das contrariedades o FC Porto entrou bem no campeonato obtendo quatro vitórias consecutivas. à 5ª jornada os azuis e brancos conheceram o sabor amargo da derrota na deslocação a Braga, com o resultado a favorecer os minhotos por 2-1.


O primeiro embate frente aos rivais aconteceu à 7ª jornada, em Alvalade onde o FC Porto conseguiu uma igualdade algo lisonjeiro para o adversário. Na jornada seguinte receberam o outro rival, o Benfica, que bateram por 3-2, no jogo em que Anderson sofreu uma violenta entrada de Katsouranis merecedora de cartão vermelho que o árbitro desvalorizou, apesar do jovem brasileiro ter sido afastado do jogo com fractura do perónio que o afastou até ao final da época. As atitudes quer do jogador grego quer do árbitro foram dissecadas durante bastante tempo com a habitual tolerância e branqueamento dos "pasquins amestrados" de Lisboa.


Seguiram-se uma série de vitórias até Dezembro que nos deixaram confortavelmente na 1ª posição.
A prolongada paragem por alturas do Natal e Ano Novo parece ter influenciado o rendimento da equipa, que apesar de tudo ainda foi vencer o Aves, no reatamento, terminando a 1ª volta com sete pontos de avanço sobre o Sporting, segundo classificado.

A segunda volta começou com duas derrotas, primeiro em Leiria e depois no Dragão frente ao Estrela da Amadora que permitiu aos perseguidores acalentarem esperanças de ainda terem tempo de nos despojar do lugar de comando. Na 22ª jornada o FC Porto recebeu o Sporting com o qual perdeu por 0-1, num golo obtido por Tello de livre directo. Os Dragões mantiveram no entanto o primeiro lugar com apenas um ponto de vantagem para o Benfica que era o segundo e 6 pontos do Sporting que era o terceiro.

A deslocação à Luz era logo a seguir...
Os lampiões viveram a semana que antecedeu o jogo verdadeiramente eufóricos. Todos eles, incluindo a chamada comunicação social, vaticinavam uma mudança de posições e a estocada final nas aspirações portistas. Pura ilusão! O FC Porto assumiu o jogo e Pepe logrou marcar aos 40' abalando o entusiasmo e fé dos vermelhos. Valeu-lhes no entanto a infelicidade de Lucho Gonzalez que introduziu o esférico na própria baliza, aos 83', fazendo a igualdade e ainda a azelhice de Renteria que muito perto do fim não foi capaz de acertar com a baliza lisboeta que se encontrava à sua mercê.

Numa nova série de vitórias o FC Porto voltou a alargar a diferença que à 26ª jornada era já de quatro pontos para o Sporting, que tinha recuperado o segundo lugar e de cinco ponto para o Benfica que tinha descido ao terceiro. A ponta final voltaria a ficar perigosamente equilibrada com a derrota dos campeões nacionais no reduto do Boavista (2-1) e o empate em Paços de Ferreira (1-1), na penúltima jornada.

Um ponto era agora a vantagem sobre o Sporting pelo que era obrigatória a vitória no último jogo no Dragão frente ao Aves, para selar o título.
Com o Estádio do Dragão completamente cheio e em ambiente de festa, o jogo começou pausado. Sentia-se alguma ansiedade e nervosismo entre os portistas e foi mesmo o Aves a criar os primeiros dois lances de perigo, a dar a sensação que para ganhar os Dragões teriam de apelar a todo o seu empenho e concentração. A ideia confirmou-se, apesar do primeiro golo portista. Não fora a aplicação dos comandados de Jesualdo e dificilmente mudariam o rumo dos acontecimentos quando aos 30' os avenses empataram o jogo. Foi um balde de água fria no Dragão e uma explosão de alegria em pelo menos dois estádios bem longínquos, onde os "sonhadores" davam largas às suas preces, uns fazendo cálculos e contabilizando os segundos em que virtualmente se sentiam campeões e outros na expectativa que o título não se repetisse no Dragão.

Depois do intervalo os Dragões impuseram a sua classe e resolveram o jogo a seu favor colocando o ponto final quer na partida quer no campeonato, ao marcar mais três golos.
Vítor Baía foi reclamado pelos mais de 50.000 adeptos que encheram o Dragão e Jesualdo acedeu fazendo-o render Helton sob um forte aplauso que a plateia fez questão de sublinhar de pé.

Terminado o jogo seguiu-se a festa do 22º título de campeão nacional para o FC Porto, o primeiro na longa carreira de Jesualdo Ferreira como também para Fucile, Vieirinha, Renteria, Lucas Mareque, João Paulo, Castro, Tarik Sektioui, Diogo Valente e Ezequias.



Adriano que na reabertura do mercado foi considerado dispensável e que graças à sua determinação continuou de azul e branco, foi o melhor marcador do FC Porto ao apontar 11 dos 65 golos da equipa.


VÍTOR BAÍA

Foi para mim o melhor jogador de todos os tempos do FC Porto. Decidiu abandonar a carreira no final da temporada 2006/2007, depois de passar toda a época no banco. Merecia terminar como titular mas o destino não cooperou. Aqui fica o relembrar da minha homenagem a este símbolo do Clube: SIMPLY THE BEST

terça-feira, 23 de setembro de 2008

DE NOVO NA SERTÃ

O FC Porto vai de novo à Sertã, em 18 de Outubro, para defrontar o Sertanense, em jogo a contar para a terceira eliminatória da Taça de Portugal.

Recordo que este foi o adversário que os Dragões afastaram a época passada nos oitavos-de-final desta prova, quando venceram por 4-0, com golos de Farías que bisou, Tarik Sektioui e Kazmierczak.

O Sertanense milita na Série D da III Divisão. Pode ver o resultado completo do sorteio.

domingo, 21 de setembro de 2008

SEM CHAMA, O DRAGÃO ADORMECEU


FICHA DO JOGO

(Clicar no quadro para ampliar)

O FC Porto passou pelo Estádio dos Arcos ainda no ritmo dos 60' finais do jogo contra os turcos.

E foram necessários ainda mais 60' para finalmente acordarem, contudo já completamente atrasados para fazer funcionar o marcador. Aliás este foi mais um jogo em que a sensação foi que poderiam jogar a noite inteira que jamais marcariam.

Foi realmente uma pobreza de futebol onde não consigo fazer destaques pela positiva, antes pelo contrário.

Continuo a não entender a falta de decisão do treinador portista que só ao fim dos 60' acordou e lá fez com que o jogo abanasse um pouco. Enfim, pessoal a dormir à sombra da bananeira talvez a contar com o ovo no cú da galinha. Com esta atitude não vamos lá.

E hoje não vou alongar-me mais pois afinal só gosto de falar de futebol e o que aconteceu hoje em V. do Conde foi tudo menos isso!.

sábado, 20 de setembro de 2008

NOS ARCOS SÓ A VITÓRIA INTERESSA

O FC Porto vai deslocar-se amanhã a Vila do Conde para defrontar o Rio Ave, no Estádio dos Arcos, jogo no âmbito da 3ª jornada da Liga Sagres.

Os Dragões apresentam-se quase na máxima força, já que o único impedimento continua a ser o marroquino Tarik Sektioui, que apesar de recuperado de uma arreliadora lesão ainda não terá o ritmo necessário para poder dar o seu contributo.

São os seguintes os jogadores convocados por Jesualdo Ferreira: Helton, Nuno, Sapunaru, Fucile, Rolando, Pedro Emanuel, Bruno Alves, Benitez, Lino, Fernando, Raúl Meireles, Tomás Costa, Lucho Gonzalez, Mariano Gonzalez, Candeias, Lisandro Lopez, Hulk, Farías e Cristian Rodríguez.

Só a vitória interessa ao FC Porto pelo que se espera muita entrega, concentração e eficácia dos nossos jogadores.

Eu poria a jogar de início Nuno na baliza, Fucile e Lino nas laterais. Na frente daria o lugar de ala ao jovem Candeias em detrimento de Mariano Gonzalez. O Professor no entanto vai continuar a confiar na equipa quase habitual:

EQUIPA PROVÁVEL


Jogo às 20:15 h em Vila do Conde
Árbitro: Pedro Proença - AF Lisboa
Transmissão: SporTv1

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

PROMESSA NÃO CUMPRIDA


FICHA DO JOGO

(clicar no quadro para ampliar)


Foi melhor o resultado que a exibição!

Os primeiros vinte minutos dos Dragões foram muito prometedores, mas...

O FC Porto entrou determinado, mandão e concentrado o que lhe permitiu comandar o jogo, dominar o adversário, marcar dois bonitos golos e explanar um futebol vistoso e eficaz. O marcador funcionou por duas vezes num espaço de três minutos. Primeiro Lisandro, aos 11' a acorrer a uma desmarcação no coração da área, num passe bem medido de Raúl Meireles e depois Lucho Gonzalez, aos 13' a concretizar com um belo remate, uma assistência primorosa de Rodriguez.

Lisandro ainda desperdiçou um oportunidade soberana, quando apareceu isolado frente ao guarda-redes turco que saíra a encurtar o ângulo, com um chapéu mal executado.

Inexplicavelmente o FC Porto, depois dos 2-0 partiu para uma exibição apagada, amorfa e desinspirada, que lhe custou um golo e pior que isso alguma instabilidade e até os apupos dos "assobiadores juramentados". A verdade é que quase até final o FC Porto sentiu grandes dificuldades para manter o score, que só não foi alterado por manifesta influência da estrelinha da sorte, a tal que acompanha normalmente os campeões.

Jesualdo Ferreira jogou no último minuto uma derradeira cartada, fazendo entrar Lino para substituir Rodriguez e foi muito feliz. Lino entrou e marcou, assegurando a vitória e sossegando os adeptos mais nervosos e impacientes.

Num jogo mal jogado a maioria do tempo, parece-me justo destacar Rolando, sempre muito sereno e autoritário a demonstrar que se trata realmente de um óptimo reforço, para mim a melhor exibição portista desta noite.

Era importante entrar a ganhar, ainda para mais em casa. Pelo menos isso foi conseguido.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

AÍ ESTÁ A CHAMPIONS QUE "OS OUTROS" QUERIAM!

O Futebol ao seu mais alto nível vai regressar ao Dragão amanhã com a 1ª jornada do Grupo G da Champions League desta época.

Integrado num grupo muito equilibrado, o FC Porto vai ter que apelar a toda a capacidade dos seus jogadores para levar de vencida a turma turca do Fenerbahçe, orientada pelo treinador espanhol campeão da Europa, Luis Aragonés.

Jesualdo Ferreira ao que parece vai regressar ao seu habitual 4x3x3 já que poderá contar com o ala Mariano Gonzalez, recuperado que está de uma lesão que o afastou do jogo da Luz.

São os seguintes os jogadores convocados: Helton, Nuno, Sapunaru, Rolando, Bruno Alves, Benítez, Pedro Emanuel, Lino, Raúl Meireles, Tomás Costa, Lucho Gonzalez, Fernando, Mariano Gonzalez, Lisandro Lopez, Cristian Rodriguez, Candeias, Hulk e Farías.

EQUIPA PROVÁVEL

Jogo no Estádio do Dragão às 19,45 h
Árbitro: Bertrand Layec - França
SporTV 1

TASSSSSS... MESMO BEM!

O Tas acabou de desferir um rude golpe nas convicções das carolinas, das pinhões, dos botelhos, dos vieiras, dos delgados, dos mánhas, dos santos, dos vasconcelos, dos searas, dos ricardos, dos freitas, dos platinis e dos marginais do CJ da fpf, para mim todos farinha dos mesmo saco (O do xico-espertismo, falta de carácter e incompetência), ao ARRASAR o Apito final e ilibar o FC Porto.

Num país civilizado, a exoneração dos cargos dos irresponsáveis que dirigem Orgãos responsáveis, deveria ser o passo seguinte já que os respectivos pedidos de demissão estão obviamente fora de causa.

Quanto aos clubezecos que tudo fizeram para que os Dragões ficassem fora da Champions, paguem a despesa e remetam-se à vossa insignificância. É o que acontece a pigmeus com a mania que são gente!

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

JOGAR BEM NÃO CHEGOU

Portugal desperdiçou ontem uma boa oportunidade de continuar líder do seu grupo de apuramento para a fase final do Campeonato do Mundo de Futebol que se vai realizar na África do Sul em 2010, ao perder em Alvalade por 2-3.

Não chegou explanar futebol de qualidade, há muito ausente na turma das quinas, frente a uma Dinamarca que se constituiu um adversário complicado e a oferecer réplica a condizer.

O que se pode dizer deste jogo é que estiveram em campo duas selecções de muita qualidade em
que o resultado final ficou a dever-se à eficácia ou falta dela.

Portugal jogou mais e melhor mas não foi capaz de concretizar quatro ocasiões soberanas de matar o jogo. J
á a Dinamarca, jogando menos concretizou, com alguma fortuna à mistura, as oportunidades suficientes para lhe garantir a vitória.

Enfim, aconteceu futebol!

Deco foi o homem do jogo pela soberba exibição que nos ofereceu. Bravo! Merecia sem dúvida outro resultado.

Tal como no primeiro jogo Raúl Meireles exi
biu-se em bom plano e jogou o tempo todo. Bruno Alves esteve no banco.

Portugal ocupa agora a 4ª posição com três ponto atrás de Albânia, Suécia e Dinamarca, todos com quatro pontos.
O próximo confronto será contra a Suécia.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

BAÚ DE MEMÓRIAS

Depois de uma época completamente atípica e confrangedora, caracterizada por um somatório de erros e más decisões, onde não faltou, desde três treinadores (Del Neri, Victor Fernandez e José Couceiro), passando pelo contentor de reforços até ao eclodir do famigerado Apito Dourado, tornava-se imperioso encontrar alguém capaz de repor a ordem. Mas quem?

PULSO HOLANDÊS NO REGRESSO ÀS VITÓRIAS

Pinto da Costa mais uma vez surpreendeu ao apostar num treinador pouco ou nada mediático, sem títulos no seu curriculum, mas considerado um formador e disciplinador por excelência, Jacob Adriaanse, holandês de 54 anos, cujo maior feito tinha sido o atingir das meias-finais da Taça UEFA à frente da desconhecida equipa do seu país AZ'67 Alkmar. Esperava-o tarefa difícil. Devolver à principal equipa do Clube a dignidade, a disciplina, o respeito e o prestígio que na época de transição tinham sido postos em causa.

A equipa técnica sofreu completa modificação. Jan Old Riekerink, Wilhelmus Coort e Rui Barros coadjuvaram Adriaanse. O plantel conheceu uma nova renovação. Saíram muitos jogadores com destaque para Costinha, Maniche, Derlei (todos para o Dínamo de Moscovo), Nuno Valente (Everton), Nuno e Seitaridis (Dínamo de Moscovo), Luis Fabiano (Sevilha), Jankauskas (Hearts), Hélder Postiga (St. Etienne, por empréstimo) e Jorge Costa (Standard de Liége).

Para compensar entraram Lucho Gonzalez (ex-River Plate), Lisandro Lopes (ex-Racing Club), Jorginho (ex-V. Setúbal), Sokota (ex-Benfica), Helton (ex-U. Leiria), Alan (ex-Marítimo), Anderson (ex-Grémio), Sonkaya (ex-Besiktas), Marek Cech (ex-Sparta de Praga), Adriano (ex-Cruzeiro), Paulo Ribeiro (ex-V. Setúbal) e os regressados Hugo Almeida, César Peixoto, Bruno Moraes, Bruno Alves, Paulo Assunção e os promovidos Bruno Gama e Hélder Barbosa.

A pré-época trouxe aos portistas uma expectativa muito grande e uma esperança redobrada na recuperação de todos os desideratos, pois a equipa começava a patentear um rendimento interessante, por vezes até espectacular.

Mas desde cedo Adriaanse deu mostras de algum equívoco, como por exemplo querer transformar Hélder Postiga num nº10, para mais tarde emendar a mão e prescindir de forma abrupta dos seus serviços.

Teve alguma dificuldade em perceber (ou coragem para assumir) qual o melhor sistema a implantar e quais os melhores intérpretes em quem confiar. Fez experiências, mudanças, correcções, enfim, tudo aquilo que afinal um treinador nas suas condições tem de fazer para aquilatar da qualidade da matéria-prima. O treinador holandês foi percebendo que nem sempre há espaço para o futebol espectáculo num campeonato em que os adversários jogam fechados.

Tudo isto, naturalmente depois de alguns insucessos (eliminação prematura da CL), gerador do descontentamento de algum sector da massa adepta que chegou a pôr em causa o seu trabalho e a sua competência, tendo experimentado até momentos mais exaltados dos amantes da "vitória a qualquer preço".

Tomou decisões tão polémicas quanto corajosas, como as dispensas de Postiga e Jorge Costa; O afastamento de Diego; a condição de suplente de Vítor Baía; a inclusão assídua dos mal amados Jorginho e Alan em detrimento (durante algum tempo) do "Mustang", entre outras.

Outras menos polémicas face aos resultados positivos, como as reabilitações de Quaresma, Pepe, Raúl Meireles e Paulo Assunção.

Todos estes desenvolvimentos se passariam sem sobressaltos se o Clube em causa não fosse o bicampeão Mundial e Europeu, "obrigado" a todos os anos ter de erguer um troféu de valor e prestígio sem o qual a massa apoiante logo se sentirá vilipendiada.

Adriaanse teve o mérito de, pelo menos internamente onde as exigências competitivas são mais ténues, manter a calma e a serenidade, sempre apoiado pelo Presidente Pinto da Costa, fazer a leitura correcta atempadamente e tomar as decisões mais aconselháveis para a implantação do seu sistema de jogo preferido, o arriscado 3x3x4, que acabaria por o levar ao triunfo. A eliminação na LC, na fase de grupos, garantiu-lhe a possibilidade de se poder dedicar ainda cedo (cedo de mais) apenas e só às competições nacionais, facto que lhe proporcionou uma melhor gestão do plantel.

O futebol praticado passou a ser mais ofensivo e bonito, corrigidas que foram as debilidades defensivas, onde Sonkaya, Ricardo Costa, Pepe, Bruno Alves, Pedro Emanuel e César Peixoto (adaptado a lateral esquerdo) alternavam na formação, abrindo brechas, colocando Vítor Baía em sobressalto, originando resultados que constituíram completas desilusões. o FC Porto/Artemédia na Liga dos Campeões e o FC Porto/Benfica, foram os expoentes dessa confusão. Adriaanse parecia determinado a jogar para o espectáculo e nas suas entrevistas sempre transmitiu confiança de ver a sua filosofia atacante frutificar.

A verdade é que, apesar de tudo, a equipa conseguia comandar o campeonato, dado que a concorrência patenteava ainda mais fragilidades. O FC Porto foi campeão de Inverno e voltaria a ser derrotado, agora na Amadora, resultado que terá determinado uma viragem quer no sistema táctico adoptado, quer na composição da equipa. O holandês decidiu-se definitivamente pelo tal sistema ousado (3x3x4), onde Pepe, na defesa, Paulo Assunção a trinco, Lucho no meio campo e a aquisição de Inverno, Adriano na frente mais a magia de Quaresma transfiguraram a equipa e o rendimento passou a ser mais efectivo.

Tal alteração teve como consequência o afastamento de Vítor Baía e Diego para o banco, situação que alguns adeptos não aceitaram.

O terceiro confronto com os rivais redundou numa nova derrota, frente ao Benfica na Luz por 1-0, que permitiu ao Sporting aproximar-se ficando apenas a dois pontos de distância, que se manteria até à 30ª jornada, altura em que os Dragões se deslocaram a Alvalade para discutir o título.

A esperança dos portistas era enorme, apesar de pesar o facto do FC Porto ter perdido os três clássicos já disputados. Todos sabiam que uma vitória azul e branca quase sentenciaria o desfecho do campeonato. Talvez por isso o jogo foi muito táctico, jogado com cautelas por ambas as formações. O FC Porto soube anular as principais referências do opositor que nunca pode exercer o controlo da partida. Os Dragões impuseram-se e saíram de Alvalade com um precioso triunfo por 1-0, golo marcado por Jorginho, dando um passo decisivo na conquista do Campeonato Nacional, que haveria de ser concretizado em termos matemáticos na 32ª jornada em Penafiel com a vitória portista, por 1-0 com golo de Adriano.

O V. de Guimarães foi o adversário que visitou o Dragão para encerrar as contas da competição. O ambiente foi de festa, o estádio encheu e o espectáculo, em três actos, começou. Primeiro com a apresentação ao vivo do CD "O Porto está na rua", com o tema que lhe deu o nome, escrito por Carlos Tê, musicado por Luis Jardim. Isabel Silvestre que cantou "Filhos do Dragão" e Maria Amélia Canossa que interpretou a nova versão do Hino do FC Porto, foram outras animadoras; Depois com o jogo de futebol que os Dragões venceram por 3-1. Aos 70' Adriaanse provocou uma nova explosão de alegria. Mandou Vítor Baía render Helton. Ninguém conseguiu ficar indiferente à emoção contida naquele gesto singular. Lindo e justo; Finalmente, depois de uma ida aos balneários para se pintarem, enquanto o grupo "Dance for Kids" desenvolvia algumas coreografias no relvado, os jogadores começaram a ser chamados um a um para serem ovacionados num percurso até ao centro do terreno onde tinha sido montado um palco. A festa no Estádio terminou com a volta de honra dos atletas e equipa técnica e prosseguiu fora dele por toda a cidade.

A época haveria de encerrar com o triunfo na Taça de Portugal, frente ao V. de Setúbal, com mais um golo de Adriano aos 40'.



JORGE COSTA

Defesa-central, nascido para o futebol no clube da sua terra natal, o FC Foz, da cidade do Porto, foi captado para as camadas jovens do FC Porto onde fez quase toda a sua formação.

De estampa atlética apreciável, cedo começou a impor a sua capacidade física à medida que evoluía tecnicamente, adicionando espírito competitivo e de liderança, que fez dele um central de elevada capacidade. Jogador trabalhador, raçudo, corajoso e dedicado, qualidades que lhe granjearam o respeito e admiração de quantos vivem o fenómeno futebolístico.

Foi o herdeiro natural da braçadeira de capitão bem como o nº 2 na camisola, de João Pinto, um dos maiores valores simbólicos do Clube.

Antes de se impor na equipa principal, Jorge Costa, como outros valores portistas, teve de rodar para ganhar experiência de 1ª Divisão em clubes secundários e entre 1990 e 1992, esteve emprestado ao Penafiel e ao Marítimo. Regressou em 1992/1993 já mais maduro. O seu amor ao FC Porto aliado à enorme vontade de vencer e à sua voz de comando fizeram-lhe ganhar a alcunha de o Bicho.

Jogador carismático, duro, apaixonado pela sua profissão, foi em 2002 vítima do mau feitio do treinador/lavrador, Octávio Machado, que não tolerou uma atitude menos correcta do atleta, quando após uma substituição com que Jorge Costa não concordou, projectou a braçadeira para o relvado valendo-lhe o afastamento imediato da equipa. Terminou essa época em Inglaterra, no Charlton, onde rapidamente conquistou o respeito e admiração dos ingleses que o apelidaram de Tanque, pela sua presença atlética e capacidade defensiva. Queriam que ele continuasse, mas o afastamento de Octávio Machado, ainda com a época a decorrer e a respectiva entrada de Mourinho, contribuíram para o seu regresso no final dessa época.

Voltou para continuar a ser feliz e prosseguir a sua carreira vitoriosa com mais títulos nacionais e internacionais, abruptamente interrompida com a chegada ao Clube do holandês Co Adriaanse, em 2005/2006.

Ainda que Jorge Costa não possuísse já todas as suas faculdades, a verdade é que era um símbolo do Clube ainda com capacidades para discutir o seu lugar na equipa, onde sonhava concluir a sua carreira condignamente. Pinto da Costa ciente da situação melindrosa foi resistindo às pressões do treinador, mas não pode evitar a decisão de mudança de ares do atleta, entretanto colocado como última opção no seu lugar. Jorge Costa sempre foi um jogador de fibra, activo, muito profissional e brioso. A inactividade provocava-lhe mau estar, por isso renunciou ao seu sonho e abalou de malas e bagagens para a Bélgica, com destino ao Standard de Liége onde jogava o seu amigo e antigo companheiro Sérgio Conceição. Talvez a mágoa com que saiu do Clube do coração o tivesse feito reflectir tendo terminado a sua carreira de futebolista em Outubro de 2006, com 35 anos.

Teve também um papel bem vincado com o emblema das quinas ao peito. Fez parte da denominada geração de ouro que venceu dois campeonatos do Mundo de sub-20. Na selecção nacional A realizou 50 partidas, esteve em duas fases finais de campeonatos da Europa e num Mundial, como titular.

Abraçou entretanto a carreira de treinador. Todos os portistas, estou certo, lhe desejam os maiores êxitos e esperam um dia voltar a vê-lo a ajudar o FC Porto a ser ainda maior.

Palmarés:

Campeonato nacional: 92/93, 94/95, 95/96, 96/97, 97/98, 98/99, 02/03 e 03/04
Taça de Portugal: 93/94, 97/98, 99/00, 00/01 e 02/03
Supertaça Cândido de Oliveira: 93/94, 94/95, 98/99, 99/00, 01/02, 03/04 e 04/05
Taça Uefa: 02/03
Liga dos Campeões: 03/04
Taça Intercontinental: 04/05
Campeão mundial de sub-20 em 1991

sábado, 6 de setembro de 2008

MALTA PORREIRA!

A selecção Nacional de Portugal estreou-se hoje a ganhar no primeiro compromisso da qualificação para a fase final do Campeonato do Mundo que se disputará na África do Sul em 2010.

O jogo realizou-se no Estádio Nacional Ta'Qali, em La Valletta e teve como opositor a congénere de Malta.

Carlos Queiroz voltou a repetir a equipa que treinou contra as ilhas Faroe, em jogo de preparação.

Portugal construiu uma goleada frente a uma equipa modesta (Malta ocupa o 133º lugar do ranking) e lidera desde já o seu grupo, dado que foi a única selecção a vencer.

0-4 foi o resultado final com golos de Brian Saide (25' na pb), Hugo Almeida (63'), Simão (73') e Nani (78').

Suécia, Hungria, Dinamarca e Albânia completam o Grupo 1, com um ponto cada resultante dos empates de hoje.

Raul Meireles e Bruno Alves são os Dragões desta selecção. Enquanto o defesa viu o jogo do banco, o médio jogou o tempo todo e são dele as afirmações:

«É sempre importante começar a ganhar, ainda para mais com uma boa exibição. Lideramos o grupo, mas só pensamos em vencer o jogo. Esse é que era o objectivo. Com a Dinamarca vamos ter a mesma atitude, vamos pensar em ganhar o jogo.»

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

BAÚ DE MEMÓRIAS

As vitórias internacionais conseguidas nas épocas anteriores fizeram concentrar, inevitavelmente as atenções dos grandes emblemas europeus no nosso plantel e equipa técnica, esta aliás a primeira a ser contratada pelo Chelsea, na parte final da época anterior.

Paulo Ferreira, Ricardo Carvalho (ambos para o Chelsea), Deco (Barcelona), Pedro Mendes (Tottenham) e Alenitchev (Spartak de Moscovo) foram os atletas que receberam luz verde para assinarem contratos milionários e fortalecerem os cofres do Clube.

Outros foram abordados e passaram o defeso com a cabeça noutras paragens a pensar em grandes melhorias financeiras, que não se concretizaram, provocando-lhes um sentimento de desconforto que acabou por marcar as suas performances durante toda a época.

A Sad começou por cometer um lapso ao contratar o desconhecido Luigi Del Neri para substituir Mourinho, que viria a ser dispensado antes ainda da época oficial começar.

Para o seu lugar surgiu o espanhol Victor Fernandez.

2004/2005 O MUNDO DE NOVO AOS NOSSOS PÉS

Do plantel campeão europeu saíram os atletas já acima referidos. Para os seus lugares chegaram alguns nomes sonantes, Diego (ex-Santos), Quaresma (ex-Barcelona), Seitaridis (ex-Panathinaicos), Hélder Postiga (ex-Tottenham) e Luís Fabiano (ex-S. Paulo) a que se juntaram ainda Hugo Leal (ex-Paris S. Germain), Areias (ex-Beira-Mar), Raúl Meireles (Ex-Boavista), Pepe (ex-Marítimo), Hugo Almeida (ex-União de Leiria onde estava emprestado), para além de um "contentor" de brasileiros que foram chegando por alturas da reabertura do mercado, tornando a época num movimentado ritual de entradas e saídas.

Da esquerda para a direita, em baixo: César Peixoto, Quaresma, Carlos Alberto, Pedro Emanuel,Ricardo Costa, Diego, Costinha, Jorge Costa, Maniche, Derlei, Nuno Valente, Seitaridis, Raúl Meireles e Maciel; Ao meio: José Luis e Eduardo Braga (Enfermeiros), Nélson Púga (Médico), Daniel Gaspar (Treinador de guarda-redes), José Luis Arjol (Preparador Físico) André (Adjunto), Pinto da Costa (Presidente), Victor Fernandez (Treinador), Reinaldo Teles (Director), Narcís Júlia e Aloísio (Adjuntos), José Carlos Esteves (Médico),José Mário (Enfermeiro) e Brandão (Roupeiro); Em cima: Pepe, Areias, Hugo Almeida, McCarthy, Bruno Vale, Vítor Baía, Nuno, Luis Fabiano, Hélder Postiga Bosingwa e Hugo Leal.

A época transformou-se rapidamente numa sucessão de experiências, de alterações, de avanços e recuos de que o futebol produzido sofreu as devidas consequências.

Salvaram-se desta confusão dois momentos muito felizes: A conquista da Supertaça Cândido de Oliveira, a 20 de Agosto de 2004, disputada em Coimbra frente ao Benfica de Trapattoni, por 1-0 com golo de Quaresma e a vitória da Taça Intercontinental, disputada em 12 de Dezembro de 2004, na cidade de Yokohama no Japão, com o resultado de 8-7, nas grandes penalidades.

Foi uma vitória sofrida frente ao Once Caldas da Colômbia, que se revelou um adversário complicado, face à enorme preocupação defensiva mas sempre à espreita de uma falha portista para chegar ao triunfo.

A verdade é que os colombianos não demonstrarem em momento nenhum capacidades para lutar pela vitória, deixando evidente a intenção de levar o jogo para a lotaria das grandes penalidades. Tal desiderato foi conseguido à custa de muita sorte e principalmente pelo mau desempenho da equipa de arbitragem.

Quatro bolas nos ferros da baliza de Henao e dois golos limpos anulados a McCarthy contribuíram para um resultado injusto até ao minuto 120.

Nas grandes penalidades o FC Porto foi mais forte e conquistou com o maior merecimento mais uma importante competição internacional.


Na foto a equipa que iniciou o jogo no Japão. Da esquerda para a direita, em cima: Vítor Baía, Jorge Costa, Ricardo Costa, Pedro Emanuel, Seitaridis e Costinha; Em baixo: Maniche, Diego, Luis Fabiano, Derlei e McCarthy.

O jogo foi disputado no Estádio Internacional de Yokohama, no Japão

Árbitro: Jorge Larrionda (Uruguai)auxiliado por Ariel Ardin e Victor Rédegui.

FC PORTO: Vítor Baía (Nuno aos 10' do prolongamento), Seitaridis, Jorge Costa, Pedro Emanuel e Ricardo Costa; Costinha, Maniche, Diego e Derlei (Carlos Alberto 68'); Luis Fabiano (Quaresma 78') e McCarthy.

Suplentes não utilizados: Pepe, Bosingwa, Hélder Postiga e César Peixoto.

ONCE CALDAS: Henao; Rojas, Vanegas, Cambindo (Cataño 46'), Garcia e Viafara; Velasquez, Soto (Alcazar 96'), Fabro; De Nigris e Arango (Diaz 61').

Suplentes não utilizados: Gonzalez, Jiménez, Araújo e Moreno.

Acção disciplinar: Cartões amarelos para Arango (34') Diego (51' e 2º após a concretização da grande penalidade por bocas), Fabbro (60'), Jorge Costa (78'), Seitaridis (85'), De Nigris (117'); Cartão vermelho para Diego na sequência do 2º amarelo).

Assistência: Cerca de 50.000 espectadores.

Os «penalties»: 0-1 Vanegas, 1-1 Diego, 1-2 Alcazar, 2-2 Carlos Alberto, 2-3 Viafara, 3-3 Quaresma, 3-4 De Nigris, 3-4 Maniche atira à barra, 3-4 Fabbro acerta no poste, 4-4 McCarthy, 4-5 Velasquez, 5-5 Costinha, 5-6 Diaz, 6-6 Jorge Costa, 6-7 Cataño, 7-7 Ricardo Costa, 7-7 Garcia atira por cima da baliza, 8-7 Pedro Emanuel que explode de alegria.

Venha daí mais um caneco! E que caneco!

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

ARRIVEDECI RAGAZZO...

...Grazie per tutto, felicitá!

Acabou finalmente a longa metragem que constituiu a transferência prevista de Ricardo Quaresma para o Inter de Milão.

De acordo com o comunicado do FC Porto, o acordo foi fixado em 24,6 milhões de euros seis dos quais resultantes da aquisição dos direitos de inscrição desportiva de Pelé, a título definitivo.

Ressalta antes de mais que a direcção nerazurri conseguiu baixar significativamente os números inicialmente exigidos por Pinto da Costa (40 milhões), que diga-se em abono da verdade, era uma verba completamente irrealista. O braço de ferro acabou, à primeira vista, por beneficiar os transalpinos, a menos que Pelé se torne a médio prazo, também ele num activo cobiçado pelos grandes emblemas europeus.

Ricardo Quaresma ingressou no FC Porto na época 2004/2005. Curiosamente, veio envolvido no negócio da trasnsferência de Deco para o Barcelona, clube onde jogava o "Mustang", tendo o seu passe sido avaliado em 6 milhões de euros (na altura muitos consideraram exagerado).

Fez o primeiro jogo oficial pelo FC Porto no jogo da Supertaça europeia jogado no Mónaco, frente ao Valência, que o Porto perdeu por 2-1, pertencendo-lhe o golo de honra. Nessa época marcou também o golo da vitória frente ao Benfica na Supertaça Cândido de Oliveira e contribuiu nos penalties de desempate frente ao Once Caldas que sagrou os Dragões Bicampeões do Mundo.

Era já um jogador virtuoso, de inegáveis capacidades técnicas mas muito individualista. Foi com a chegada do holandês Co Adriaanse que Quaresma se tornou num jogador mais completo, disciplinado e a praticar um futebol mais colectivo e competitivo, que o tornou novamente cobiçado. A famosa trivela voltou ao vocabulário desportivo, depois da era Drulovic, de forma mais frequente. Passes e golos de trivela fizeram as delícias dos desportistas em geral e dos portistas em especial.

No FC Porto Ricardo Quaresma triunfou a Taça Intercontinental (2004/2005), o Tricampeonato (2005/2006, 2006/2007 e 2007/2008), a Taça de Portugal (2005/2006) e uma Supertaça Cândido de Oliveira (2005/2006).

Foi o futebolista português do ano em 2005 e 2006.

Espero e desejo que continue a crescer!