segunda-feira, 10 de novembro de 2008

UMA BOMBA PARA ATORDOAR!


FICHA DO JOGO


(Clicar nos quadros para ampliar)


Uma bomba incrível de Hulk abriu o caminho da vitória num jogo em que o FC Porto pareceu só ter chegado de Kiev já passavam 45' do início do jogo de Alvalade.

Chegou tarde mas felizmente ainda a tempo de reverter a seu favor uma eliminatória que parecia condenada ao fracasso tal foi a mediocridade apresentada no primeiro tempo dando até a ideia errada de que os "martelos dos calimeros" eram uns predestinados a jogar a bola.

Tudo piorou com mais um erro fatal, num lance aparentemente inofensivo em que Fernando num gesto técnico digno de principiante, ao procurar cortar para o meio campo um cruzamento de Izmailov, gerou um balão para a área portista bem aproveitado pelo atento Liedson que se antecipou ao estático Pedro Emanuel, batendo o estupefacto Helton. Assim mesmo com toda esta displicência, deixando o incrédulo Jesualdo Ferreira à beira de um ataque de nervos.

Finalmente no 2º tempo os Dragões lá aterraram em Lisboa e decidiram jogar à bola. Mariano, esse fenómeno argentino que ainda parece não ter percebido muito bem como conseguiu lugar no plantel, ficou nos balneários dando o seu lugar ao seu compatriota Tomás Costa e o Porto mostrou então argumentos para discutir o jogo. Depois de algumas tentativas para acertar com a baliza o incrível Hulk, no seu jeito peculiar de pegar na bola, correr como um desalmado, passar por este e por aquele, apontar para a baliza e toma lá disto que é para aprenderes, lá fez o gosto ao pé com uma bomba daquelas que só não furou as redes vá-se lá saber porquê, pondo as claques portistas a cantar aquela canção irritante para os adversários de CAMPEÕES, CAMPEÕES, NÓS SOMOS CAMPEÕES.

A partir desse momento o jogo tornou-se emotivo, com momentos de bom futebol mas também quezilento. Como a Paixão do apitador de serviço é estragar o espectáculo toca de passar cartão mais a torto que a direito, a convocar conversinhas de professor entendido na matéria e a cometer erros atrás de erros daqueles que a gente fica com a impressão que são mais premeditados que acidentais. Só gostava de saber quem foi o morcão que o descobriu para a arbitragem! Óh Paixão porque não te dedicas à lavoura como o Palmelense?

No meio disto tudo gostei de rever a mentalidade CALIMERO dos lagartos. Até metem dó! Colocam as palas e só vêem o que lhes interessa. Enfim, cegueira crónica!

Como ninguém foi capaz de desempatar a partida nem no prolongamento, lá tivemos que levar com os remates da marca de grande penalidade.

Aí, Lucho demonstrou que esta época ainda não começou para ele. A sorte foi que Rochemback seguiu-lhe o exemplo falhando também. Depois, foi sempre a aviar até à defesa de Helton ao remate do Abel, proporcionando aos apaniguados portistas mais um motivo para vitoriar a equipa que se deslocou ao sector para em comunhão cantarem Porto, Porto, Porto.

Das exibições portistas quero destacar Helton que depois de uns joguitos fora da equipa reapareceu em pleno. Hoje foi decisivo todo o tempo. Hulk foi também determinante. Só é pena que continue demasiado individualista. Tomás Costa fez também um belo jogo.

2 comentários:

dragao vila pouca disse...

Este Sporting-F.C.Porto, foi paradigmático do que tem sido a época portista.
Quem visse a primeira-parte dira sem problemas:- não temos jogadores, não temos equipa, é, talvez, o pior Porto dos últimos dez anos.
Quem visse depois, a segunda-parte, principalmente, até à saída de Caneira, diria:- afinal, temos gente a equipa tem qualidade e há bons jogadores, alguns até, muito bons.
Depois e até ao fim, surgiria a dúvida.
Eu continuo a pensar - não saio disto - que o treinador tem muitas culpas no cartório, desta instabilidade que a equipa dá mostras. Jesualdo, inventa, altera, confunde, perturba e intranquiliza a equipa, os jogadores e isso notou-se particularmente, na primeira metade do jogo de ontem.
Mas, o Sporting-F.C.Porto, também mostrou que esta equipa e estes jogadores, têm brio, espírito de vencedores e crença. Depois de três derrotas seguidas - com tudo que isso significa num clube habituado a ganhar, quase sempre - e tendo pela frente dois desafios decisivos, o conjunto azul e branco, deu uma excelente resposta e teve capacidade, para alcançar os objectivos pretendidos, mesmo em circunstâncias muito difíceis, em que teve de correr atrás do prejuízo.
Se Jesualdo conseguir estabilizar, encontrar as melhores opções e apostar nelas, sem andar sempre a mexer, temos gente capaz de atingir o que pretendemos e fazer uma época à altura dos pergaminhos de um F.C.Porto, Tri-Campeão.
Nota final:se às vezes as claques merecem forte censura, ontem, merecem uma grande palavra de parabéns, pois sem elas, o F.C.Porto estaria praticamente sózinho em Alvalade.

Um abraço

Dragaopentacampeao disse...

Concordo na generalidade com o que escreveste.

Depois há ainda os principais expoentes da equipa à procura da melhor forma que tarda a aparecer. Enquanto isso não acontece Jesualdo anda como uma barata tonta a experimentar soluções. O pior é que também nos faltou alguma sorte durante alguns jogos.

Quando tudo estiver afinado esta equipa pode, a nível interno, voltar a desequilibrar o campeonato e arrancar decisivamente para a vitória final.

Falta saber é se esse equilíbrio virá a tempo.

Um abraço.