sábado, 6 de dezembro de 2008

3-0? RESULTADO ENGANADOR!

FICHA DO JOGO

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Quem não tivesse visto o jogo e só soubesse o resultado no final ficaria certamente convencido que o FC Porto tinha feito um jogo dominador e vencido sem grandes dificuldades.

Ora a verdade não foi essa. Os tricampeões nacionais sentiram mesmo grandes dificuldades e só depois do primeiro golo o Setúbal entregou os pontos, entrando numa fase de desorientação que lhe valeu uma derrota por números que, pelo que havia feito até aí, se pode considerar penalizadora.

Os Dragões continuam a atravessar uma fase de grande indefinição principalmente contra equipas bem arrumadas no seu meio campo. É notória a falta de desequilibradores, de transportadores de bola, de jogadores cerebrais e de matadores. Lucho e Lisandro tardam a regressar à forma que os notabilizaram, Rodriguez está longe de se mostrar influente e a defesa continua a comprometer face à macieza que partilha com o meio campo.

Apesar da vitória importante para manter o FC Porto na corrida pelo tetra, a exibição de hoje deve ser encarada como preocupante, tendo até em conta o próximo jogo para a Liga dos Campeões. Não estará em causa a qualificação, como se sabe, mas jogar-se-à mais uma vez o prestígio. Espero que o jogo de hoje tenha sido apenas um mau ensaio.

Voltando ao jogo de hoje, reconheço que o FC Porto começou por praticar uma hora de mau futebol, sem garra, sem atitude, sem ideias e sem classe. A melhor oportunidade de golo aconteceu já depois do minuto vinte num lance em que Lisandro Lopez, com a baliza escancarada emendou, imaginem, para trás! Isso mesmo, na direcção oposta das redes da baliza! Como foi possível? Nesse período o adversário foi superior mas não conseguiu marcar, felizmente.

Aos 66' Bruno Alves virou o cariz do jogo ao marcar o primeiro golo de bola parada. A partir desse momento o Setúbal desapareceu e o FC Porto pode então construir o resultado robusto.

Em noite de desacerto torna-se difícil destacar figuras, por isso prefiro destacar alguns momentos: O arranque de Hulk na jogada do segundo golo, oferecendo o golo a Guarín e a jogada do terceiro golo com Mariano e Lucho no melhor que este jogo teve.





Um comentário:

dragao vila pouca disse...

Começando pelo fim: vitória justa, com um resultado exagerado e uma exibição fraca do F.C.Porto.
Na 1ªparte foi um Tricampeão macio, abúlico, incapaz de pressionar, de dar intensidade ao jogo, de ter bola, de se organizar e que pode dar-se por satisfeito, de ter chegado ao intervalo empatado.
Na segunda metade houve uma melhoria, pequena, muito pequena e até ao golo o F.C.Porto tinha feito pouco para justificar a vantagem. Depois do um a zero e como o dois a zero surgiu logo a seguir, as coisas tornaram-se fáceis e ainda deu para ampliar a vantagem e dar uma ideia de facilidades que nunca aconteceram.
Para mim não está tudo bem quando acaba bem. Ganhamos e normalmente tendemos a esquecer o resto. Eu não esqueço, porque foi por jogarmos assim que já tivemos alguns dissabores que não estavam nos nossos planos. Temos gente para jogar melhor, mas principalmente, devemos encarar estes jogos com outro espírito, sob pena de voltarmos a ter mais desilusões.
Tomás Costa mostrou que não é jogador para jogos em que é preciso ter bola, organizar e criar. O argentino é mais um jogador de luta, de marcar e fechar bem, que como já se viu, pode ser muito importante em jogos com outras características.
Guarín, foi o único que se deu ao trabalho de fazer um sprint de 50 metros para dar uma linha de passe a Hulk no lance do segundo golo.
Onde estava Lisandro?
Hulk, tiremos o chpéu a Pinto da Costa quando disse que iriamos ter uma surpresa que nos ia alegrar muito.
Cada jogo é mais importante e ontem foi o único capaz, no pior período do F.C.Porto, de levar algum perigo ao último reduto sadino.
Um abraço