sábado, 6 de fevereiro de 2010

AFINAR PONTARIA PARA A BATALHA NAVAL

De volta à Liga Sagres, o FC Porto vai defrontar a Naval de Augusto Inácio. Depois de uma exibição exemplar frente ao Sporting, para a Taça de Portugal, a euforia natural deverá dar lugar à consciencialização das dificuldades que o jogo certamente encerrará.

Trata-se de defrontar um adversário muito mais cauteloso, de predominância defensiva, a exigir uma abordagem mais elaborada e inteligente.

O ideal seria marcar cedo para estabilizar os índices de ansiedade, permitindo construir um resultado capaz de poder gerir o jogo e o esforço, face à catadupa de desafios, qual deles o melhor, das diversas competições em que os Dragões estão ainda empenhados (até ao momento todas as do calendário nacional e internacional).

Jogo de tolerância zero, cujo resultado terá forçosamente de passar pela vitória, único para alimentar a esperança de poder continuar a lutar pelo título, ainda que não dependamos apenas de nós.

A equipa continua amputada de Hulk, incrivelmente afastado das competições, «ad eternum», à espera da sentença de sua excelência o pavão aprendiz de justiceiro, que «hum...hum...» determinado orelhudo colocou na CD da Liga. Meireles, Rodríguez e Farías continuam afastados por lesão e Fernando castigado por ter visto o quinto amarelo.

Lista dos convocados: Helton, Nuno, Fucile, Miguel Lopes, Rolando, Bruno Alves, Maicon, Álvaro Pereira, David Addy, Tomás Costa, Ruben Micael, Belluschi, Guarín, Valeri, Silvestre Varela, Falcao, Orlando Sá e Mariano Gonzalez.


EQUIPA PROVÁVEL


Competição: Liga Sagres - 18ª Jornada
Palco: Estádio do Dragão - Porto
Data e hora: 07 de Fevereiro de 2010, às 20:15 h
Árbitro: Hugo Miguel - A.F. de Lisboa
Transmissão: Sport TV 1

6 comentários:

Anônimo disse...

Horizontes: As escutas


Autor : Fernando Tavares



As escutas dos “Apitos dourado” e “Final”, sabemos hoje, não morreram e se havia alguma dúvida a pairar sobre as reais intenções destes processos, elas ficaram agora completamente esclarecidas. Todo o processo tem um único objectivo: atingir uma pessoa. O que percebemos hoje é que tudo foi conduzido, não pela justiça, mas por justiceiros.

A revelação das escutas na internet mostra bem a que ponto chegamos e deve pôr-nos a todos em estado de alerta. Não é suposto que conversas privadas sejam do domínio público, pura e simplesmente não é suposto.

Já conhecíamos a transcrição dos conteúdos das conversas, mas conseguir ouvi-las já é algo muito mais grave. O argumento “quem não deve não teme” não colhe neste caso. É perigoso deixar decisões nas mãos de justiceiros: eles não avaliam, eles limitam-se a tentar sustentar as teses que defendem e isso torna-os obcecados, logo perigosos. Como podem conteúdos destes aparecer assim em público, os cd’s estão à mão de todos?

Analise-se cada pormenor das conversas, de que queremos que falem os homens do futebol? De política? Economia? Do estado do tempo? De que falam os empresários entre si? De que falam maioritariamente os médicos entre si? Quando um empresário oferece uma acompanhante ao director de uma empresa, nas vésperas de uma reunião importante, está a comprá-lo? Poderá esse director fazer uma má opção em agradecimento por uma noite bem passada? Ou será um agrado, a forma que essas pessoas entendem ser a de receber bem?

Quando João Loureiro pede um determinado árbitro auxiliar está pedir um comprado ou a pedir o melhor, aquele que não erra muito? Pinto da Costa pede um sumaríssimo e é crime? Quantos não foram pedidos em público? A pressão, o lobby, em democracia é crime? Nunca tentamos usar a nossa influência para nada?

Se cada um de nós fosse escutado, quantos divórcios haveria? Quantas mulheres e homens se veriam em maus lençóis se a cara-metade ouvisse aquele comentário feito a uma amiga/o? Quantos homens/mulheres veriam a vida dupla acabar? Quantos empregados perderiam o emprego se o patrão tivesse acesso a essas escutas? O que acham que Cavaco disse de Soares no segredo dos telefones quando era primeiro-ministro? O que pensam que Sócrates chamou a Cavaco? E, etc.,. etc. E, já agora, a propósito do jornalista António Tavares Telles. Que jornalista, no seu perfeito juízo pode desperdiçar uma informação de uma fonte como o presidente do FC Porto? Quantas vezes damos, nós jornalistas, informações que sabemos não passar de hipóteses? De fontes credíveis, é certo, mas hipóteses?

Bem sei que a curiosidade humana é infindável, só que o que é privado, salvo força maior, assim se deve manter. Espero que agora haja responsáveis por esta fuga impensável, espero que alguém justifique porque não foram destruídos os CD’s logo que as escutas fse revelaram inúteis.


Semanário Grande Porto

dragao vila pouca disse...

Espero que não passemos do oitenta para o oito.
Já não há mais margem para errar e agora é só ganhar e ganhar.

Um abraço

Pedro Silva disse...

È um jogo que eu prevejo que seja complicado...

Não pela Naval que está em queda na Liga Sagres e que parece ter perdido o gás que Inácio trouxe quando chegou á Figueira da Foz, mas sim por causa dos que andam a fazer as coisas pelo outro lado e que suspendem jogadores por 3 meses sem provas e a pedido do Presidente do Benfica.

Portanto, o FC Porto terá de entrar com tudo em campo, pois os seus "adversários" são muitos e não olharão a meios para que o Dragão perca pontos em casa.

Como parece que deu sorte da outra vez, vou voltar a dizer mal do Mariano :P

Grande abraço e saudações Portistas!!!

Anônimo disse...

Coincidências"...
Já tinha chamado à atenção para a forma como o Bruno (capitão do Marítimo) foi expulso no Marítimo x Guimarães e, consequentemente, ficou impedido de jogar contra o SLB.

Na passada quarta-feira, no SLB x Leiria, o jogador mais perigoso dos leirienses nos lances de bola parada - Ronny - não pôde repetir a exibição que fez no estádio do Dragão. Porquê? Estava suspenso. No jogo anterior o árbitro Luís Reforço (*) tinha-lhe mostrado o quinto cartão amarelo.

No Vitória Setúbal x SLB de hoje, os sadinos vão ter de recompor toda a sua estrutura defensiva. No último jogo, os defesas André Pinto e Ney foram expulsos e o médio defensivo Sandro viu o quinto cartão amarelo.

Evidentemente, a "isentíssima" comunicação social nem sequer repara nestas "coincidências"...

(*) Este Reforço de Setúbal é o tal que no FC Porto-Trofense da época passada anulou um golo ao FC Porto por, supostamente, Rodriguez ter TENTADO jogar a bola com a mão!... E que ao minuto 87' não assinalou um penalty escandaloso de Valdomiro sobre Lisandro.
in Reflexão portista

Anônimo disse...

O caso Calabote em livro
Hoje é apresentado o livro 'O caso Calabote', do jornalista João Queiroz, com prefácio de Álvaro Magalhães. A apresentação será feita por Rui Moreira e irá decorrer na Livraria Bertrand, no centro comercial Dolce Vita Porto, a partir das 17h30.

Em entrevista ao jornal i, João Queiroz refere que fez uma vasta pesquisa, em que analisou dezenas de jornais da época e fez questão de entrevistar as pessoas que estiveram ligadas à história.

O ano passado fiz uma pesquisa sobre este tema, que publiquei em 10 artigos no 'Reflexão Portista', onde fica claro que o designado caso Calabote é muito mais que um mero caso de arbitragem. Antes traduz o que era o futebol português há 50 anos atrás
in Reflexão Portista

Anônimo disse...

Túnel da Luz

FC Porto apresenta parecer em que defende pena de um a quatro jogos para Hulk e Sapunaru
06.02.2010

O jurista João Leal Amado, especialista em Direito Desportivo, defende que as agressões de Sapunaru e Hulk a um assistente de recinto desportivo (steward) no túnel do Estádio da Luz devem ser penalizadas com uma pena de um a quatro jogos.

Isto porque, segundo aquele professor auxiliar da Faculdade de Direito de Coimbra, um steward é um “vigilante de segurança privada” e “a ordem jurídica não confunde as forças de segurança com os assistentes de recintos desportivos”. É com base nesta argumentação que o FC Porto deverá apresentar recurso junto do Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).

No parecer a que o PÚBLICO teve acesso, João Leal Amado considera que “não faltam boas razões para duvidar do acerto” do “enquadramento regulamentar” da acusação a Hulk e Sapunaru pela Comissão Disciplinar (CD) da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP).

Contra os dois jogadores do FC Porto foram, recorde-se, deduzidas acusações nos termos das quais ambos teriam praticado infracções disciplinares muito graves contra “delegados ou outros intervenientes no jogo com direito ou permanência no recinto desportivo”, infracções puníveis com sanção de 6 meses a três anos, segundo o artigo 115.º, n.º 1, al. f, do regulamento disciplinar da LPFP. Mas, para o jurista, os “assistentes de recinto desportivo não são ‘intervenientes no jogo’, eles são, em certo sentido, justamente o oposto disso, visto que uma das suas tarefas centrais consiste em evitar que os espectadores possam intervir e perturbar o normal desenrolar do jogo”. No seu entender, “em princípio” não estão “autorizados a aceder e a permanecer num túnel de ligação entre o recinto de jogo e os balneários”.

João Leal Amado considera, assim, que “não se vislumbram razões válidas para enquadrar” as agressões de Hulk e Sapunaru no artigo 115.º. “Parece-nos estranho que o instrutor

acusador diga, preto no branco, que estabelece esse artigo que o jogador que cometa agressão contra outro interveniente no jogo com direito de acesso ou permanência no recinto desportivo, entre os quais o assistente de recinto desportivo, é punido com pena de suspensão de 6 meses a 3 anos e multa (...)”, cita. E questiona: “Como!? Entre os quais assistente de recinto desportivo!? O preceito diz isso? Não diz. O preceito não faz menção a qualquer assistente de recinto desportivo.”

Em conclusão, é referido que os jogadores não poderão “ser objecto de outra punição senão a prevista para as hipóteses em que um jogador agride qualquer outro elemento do público, nos termos do art. 120.º do regulamento disciplinar da Liga, que já qualifica a respectiva conduta como uma infracção disciplinar grave”, punível com uma pena de um a quatro jogos.
in Publico